O primeiro relato sobre transplante de cabelos foi feito por Okuda em 1939, que tratou 200 soldados que sofreram mutilações no couro cabeludo com formação de alopecias cicatrizais.
Em 1959, o médico dermatologista norte americano Norman Orentreich, descreveu pela primeira vez uma cirurgia para transplante de cabelos em alopecia androgenética.
Atualmente o transplante de cabelos é um ato cirúrgico consagrado e seguro, e tem sido usado para correção de vários tipos de alopecias, não só no couro cabeludo, como também nas sobrancelhas, barba e pelos púbicos. No couro cabeludo, seu uso mais frequente é para correção da alopecia androgenética(AA), porém outras alopecias também estão sujeitas a um transplante, como alopecias cicatriciais, oriundas do líquen plano pilar, lúpus eritematoso discoide, trauma, choque elétrico, queimaduras, ritidoplastias, etc., alopecias congênitas, tais como a aplasia cútis e a alopecia triangular congênita e alopecias constitucionais.
O transplante de cabelo envolve a remoção de pequenos pedaços de enxertos de cabelo de uma área doadora (região occipital e temporal) e sua recolocação em uma área sem cabelo ou com pouco cabelo. Os enxertos variam em tamanho e forma. Mini-enxertos contêm cerca de 2-4 fios de cabelos e os micro-enxertos contêm cerca de 1-2 fios de cabelos. Técnicas mais modernas utilizam unidades foliculares. Geralmente não se tem resultado natural com uma sessão, necessitando mais de uma sessão cirúrgica para se obter o resultado desejado e, um intervalo de vários meses para cicatrização é, normalmente, recomendado entre cada sessão. Pode levar até dois anos para que se veja o resultado final de todo o procedimento. A quantidade de cobertura que você vai precisar é, em parte, dependente da cor e da textura do seu cabelo. Pelos grossos, cinza ou de cor clara proporcionam melhor cobertura que cabelos finos e de cor escura. O número de unidades transplantadas na primeira sessão varia de acordo com cada indivíduo. Pouco antes da cirurgia, a “área doadora” será cortada para que os enxertos possam ser facilmente acessados e removidos. Quando os enxertos são removidos, o médico pode injetar, periodicamente, pequenas quantidades de solução salina no couro cabeludo para manter a resistência adequada da pele. Os pontos são geralmente escondidos pelo cabelo circundante. Em sessões subsequentes, os espaços entre os enxertos serão preenchidos com enxertos adicionais. O seu médico irá tomar muito cuidado na remoção e colocação de enxertos para garantir que o cabelo transplantado cresça em direção natural e que o crescimento do cabelo na área doadora não seja prejudicado.